terça-feira, abril 04, 2006

Carta de uma mulher ao mundo

Li esta carta e fiquei de lágrimas nos olhos porque também eu já disse alguns destes disparates e porque já sofri um pouquinho do que aqui se diz.


"(Nome) sabe que a amas e queres que sejas feliz, e que gostavas que ela voltasse a ser a mesma de antes. Mas ultimamente ela parece ansiosa, deprimida e obcecada com a ideia de ter um bebé.
Provavelmente é dificil para ti entender porque ficar grávida é tão importante e parece ocupar cada segundo da sua vida.
(Nome) espera que depois de leres este folheto escrito por psicólogos com experiência no tema entendas melhor a dor que ela está a sentir. Este folheto também te dirá como podes ajudá-la.

Alguns efeitos da Infertilidade
Pode suprender-te que uma em cada 6 mulheres que querem ter um bébé, não podem conceber. Há muitas razões possíveis: o bloqueio das trompas de Falopio, o mau funcionamento ovárico, desiquilibrios hormonais, exposição a substâncias tóxicas, uma baixa quantidade de espermatozóides do marido, entre outras.
E ainda quando uma mulher chega aos 35 anos de idade, fica mais difícil engravidar, principalmente porque muitos dos óvulos que expulsa são de baixa qualidade.
Todas estas barreiras para engravidar são físicas ou fisiológicas, não psicológicas.
As trompas não se bloqueiam porque a mulher está "se esforçando muito" para ficar grávida.
Os anticorpos que matam o esperma não desaparecem se a mulher simplesmente relaxar.
E um homem não pode fazer com que o seu esperma se mova mais rapidamente se tiver uma atitude mais optimista.

Sobre os conselhos bem intencionados
Quando alguém que gostamos tem um problema, é natural tentarmos ajudar.
Se não houver nada especifico que possamos fazer, tentamos dar um conselho.
Muitas vezes utilizamos as nossas experiências pessoais ou casos que envolvam outras pessoas que conhecemos.
Recordas uma amiga que tinha problemas para ficar grávida até que ela e o seu marido foram de férias a uma ilha tropical e ela finalmente ficou grávida.
Por isso te ocorre sugerir que (Nome) e o seu marido também tirem umas férias dessas....
(Nome) aprecia o teu conselho, mas ela não pode aproveitar essa sugestão devido à natureza física do seu problema. Não só isso, como essa ideia a molesta muito.
Provavelmente as pessoas a invadem com sugestões destas a todo o momento.
Imagina o frustrante que deve ser para ela ouvir falar de outros casais que "magicamente" conceberam durante umas férias, simplesmente fazendo amor.
Para (Nome) que está num tratamento de infertilidade, fazer amor e conceber um filho não se relacionam muito.
Não podes imaginar o tão duro que é estar tentando ter o seu bebé e tão desanimada que se sente cada mês quando se dá conta que falhou outra vez.
O teu conselho bem intencionado é um esforço para transformar um problema extremamente complicado num problema demasiadamente simplificado.
Ao simplificar o seu problema desta maneira, diminuis a validez das suas emoções, fazendo-a sentir pouco valorizada psicologicamente.
Naturalmente ela se sentirá enfadada e aborrecida contigo nestas circunstancias.
A verdade é que não há nada de concreto que possas fazer para ajudá-la.
A melhor ajuda que podes dar é a tua compreensão e apoio.
É mais fácil apoiá-la se apreciares o quanto é devastadora a incapacidade de ter um bebé.

Por que não ter um bébe pode ser tão devastador?
As mulheres são criadas com a expectativa de terem um bebé um dia.
Sempre pensaram ser mães desde que brincam com as bonecas.
Quando (Nome) pensa que ela não pode ter um bebé, sente-se como "mulher defeituosa".
Não ter um bebé pode ser um factor de vida ou de morte.
Na Bíblia, Raquel era estéril. Ela disse a Jacob "dai-me filhos ou morrerei...."(Génesis 30).
Fazendo um comentário sobre isto, alguns sábios disseram "alguém que não tem filhos é considerado morto".
Tão poderosos são os sentimentos relacionados com a infertilidade, que a pessoa pode se sentir morta, ou mesmo querer morrer.
Por agora (Nome) nem sequer está segura que terá um bebé.

O que oferece a medicina moderna?
Na década passada a medicina reprodutiva fez grandes avanços.
O uso de drogas como o Pregonal pode aumentar o número e tamanho dos óvulosque a mulher produz, aumentando as suas oportunidades defertilização.
Na técnica de fertilização in vitro (FIV) extrai-se os óvulos da mulher e junta-se com o esperma do homem num "tubo de ensaio" e realiza-se a fertilização no laboratório. O embrião é colocado depois no útero da mulher.
Também existem outras técnicas de reprodução.
Apesar das esperanças que estas técnicas oferecem são um "osso difícil de roer".
Alguns procedimentos de alta tecnologia se oferecem só em alguns lugares, o que pode obrigar a (Nome) a viajar grandes distâncias.
Quando o tratamento está disponível localmente, a paciente deve suportar as visitas correntes ao médico, aplicar injecções diariamente, compatibilízar o trabalho e a vida social com esses procedimentos e dispor de consideráveis somas de dinheiro.
Tudo isto é acompanhado por uma série de exames que podem ser embaraçosos e dolorosos...
A infertilidade é uma condição médica muito pessoal, que (Nome) não pode compartilhar com o seu patrão.
Por isso tem de inventar desculpas cada vez que o seu tratamento coincide com o seu trabalho.
Depois de cada esforço médico para ficar grávida, (Nome) deve aguentar a espera que é salpicada com ondas de optimismo e pessimismo.
É uma montanha russa emocional.
Não sabe se os seus peitos inchados são um sinal de gravidez ou um efeito secundário das drogas de infertilidade.
Se vê uma mancha de sangue na sua roupa interior, não sabe se é o embrião a implantar-se ou se é o período que está a começar.
Se não fica grávida depois de um procedimento invitro, pode sentir como se o seu bebé tivesse morrido.
Ela tenta viver com este tumulto emocional, se a convidam para uma festa de boas vindas ao bebé de uma amiga ou um baptizado, se sabe que uma amiga ou colega está grávida, ou um dia lê uma história de um recém nascido abandonado, podes imaginar a sua angustia e a sua raiva com as injustiças da vida?
Dado que a infertilidade penetra em quase todas as facetas da sua vida, como pode surprender-te que ela esteja obcecada em chegar à sua meta??????
Cada mês, (Nome) se pergunta se este mês será finalmente o seu mês.
E se não é, se pergunta se tem energia para tentar de novo.
Poderá custear outro procedimento médico?
Quanto tempo mais continuará o seu marido a apoiá-la?
Será obrigada a abandonar o seu sonho?
Por tudo isto quando falares com (Nome) tenta sentir empatia com as cargas que tem na sua mente e no seu coração.
Ela sabe que te preocupas com ela, e pode necessitar falar contigo sobre o que está vivendo.
Mas ela sabe que não há nada que possas fazer ou dizer para ajudá-la a engravidar.
Ela teme que lhe faças uma sugestão que lhe cause ainda mais desespero.

Que podes fazer por (nome)?
Podes dar-lhe apoio e não criticares nenhum dos passos que ela está a tomar para proteger-se de um trauma emocional.
Podes dizer-lhe algo como:"preocupo-me contigo. Depois de ler este folheto, tenho uma ideia do duro que isto deve ser para ti. Desejava poder ajudar-te. Estou aqui para te ouvir e chorar contigo, se sentires vontade de chorar. Estou aqui para animar-te quando te sentires sem esperança. Podes falar comigo. Preocupo-me contigo".
O mais importante que deves recordar é que (Nome) está perturbada e muito angustiada.
Escuta-a, mas não a julgues.
Não tornes pequenos os seus sentimentos.
Não tentes querer fazer ver que tudo está bem.
Não lhe vendas fatalismo com declarações como "o que tiver que ser será".
Se esse fosse o seu caso, qual seria o objectivo de usar a tecnologia médica para conseguir algo que a natureza não pode?
A tua vontade em escutá-la pode ser uma grande ajuda.
As mulheres inferteis sentem-se à parte das outras pessoas.
A tua habilidade de ouvi-la e apoiá-la ajuda-a a manejar toda a tensão que está a experimentar.
A sua infertilidade é uma das situações mais dificeis que ela terá de enfrentar.

Exemplos se situações problemáticas
Assim como um quarto desarrumado pode ser um lugar cheio de obstáculos no caminho de uma pessoa cega, a vida quotidiana pode estar cheia de dificuldades para uma mulher infértil, dificuldades essas que não existem para as mulheres com filhos.

Vai a casa de uma cunhada para uma reunião familiar. A sua prima está a dar de mamar ao seu bebé. Os homens estão a ver um jogo de futebol que passa na tv, as mulheres falam sobre os filhos. A (Nome) sente-se distanciada e excluída.
O dia de Natal e Passagem de ano são exemplos das muitas festas que são particularmente difíceis para ela.
Nestas festas ela recorda o que pensou o ano passado: que no próximo ano, ela teria o seu filho ou filha para mostrar à sua família.
Cada festa representa uma complicação para a mulher que não pode ser mãe.
No dia se São Valentim ela recorda o seu romance, amor, casamento e a família que ela sonhou formar.
O dia da mãe do dia e do pai? São dificuldades óbvias.
Actividades mundanas como caminhar na rua ou ir às compras a um centro comercial estão cheias de ratoeiras para estas mulheres.
Verás que outras mulheres a empurrar os carrinhos dos seus bebés a afectam.
Quando (Nome) vê televisão é bombardeada por comerciais de artigos de bebé.
Numa festa alguém lhe pergunta há quanto tempo é casada e se tem filhos. Sente vontade de sair a correr, mas não pode.
Se ela falar sobre a sua infertilidade é provável que oiça um conselho bem intencionado, do tipo que ela menos necessita. "Relaxa-te, não te preocupes, quando menos esperares...", ou "tens sorte. Eu estou farta dos meus filhos, gostaria de ter a tua liberdade". Estes são o tipo de comentários que fazem com que ela tenha vontade de esconder-se debaixo da mesa.
Refugiar-se no trabalho e na carreira profissional nem sempre é possível.
Ver cada mês que o seu sonho não se cumpre, pode dificultar ter energia para avançar na sua carreira.
Ao seu redor as colegas de trabalho vão ficando grávidas.

Resumindo
Porque não pode ter filhos, a vida é sumariamente stressante para (Nome).
Está a fazer o melhor que pode para sobreviver a esta situação. Por favor entende.
Às vezes ela está deprimida, outras está ansiosa.
Algumas vezes estará fisica e emocionalmente exausta.
Ela não vai ser a mesma de antes.
Quem sabe não vai querer fazer muitas das coisas que antes fazia.
Não tem alguma ideia de quando, e se, o seu problema será resolvido.
Quem sabe se algum dia ela terá êxito, ou se renderá e opte pela adopção, ou assuma uma vida sem filhos.
Na actualidade ela não sabe o que se vai passar.
Tem que ir levando as coisas dia a dia.
Não sabe porque tem de passar por isto tudo.
A única coisa que sabe é que tem de viver com uma angústia horrível todos os dias.
Por favor olha por ela, ela necessita e deseja isso."

32 comentários:

Anónimo disse...

Muito bonito e profundo sem dúvida! Eu estive 7 meses a tentar engravidar e já andava angustiada....Beijinhos e parabens pela mudança do blog, acho q vou fazer o mesmo! Só uma coisa dá para enviar os textos para lá?

Marta disse...

Não poder ter um filho deve ser um vazio imenso... Especialmente quando se deseja ardentemente tê-lo...
Conheço um casal em que um deles é infértil e passaram um bom bocado em tratamentos e, psicologicamente, não foi fácil lidar com a coisa... Especialmente quando as pessoas estão casadas há um ou dois anos e as pessoas conheçam com a conhecida pergunta: "Então e para quando um bebé?..."
Felizmente, conseguiram ultrapassar tudo isso e agora encontram-se no processo de adopção de uma menina de 4 mesinhos, linda, chamada Susana... Ser pai/mãe é amar incondicionalmente! Seja sangue do nosso sangue ou não!
Muitos beijinhos, Sandrinha. Acho muito importante que nos alertes para este tipo de coisas. Beijoca*

Anónimo disse...

Realmente, deve ser muito complicado. Ainda não tinha pensado em muitas das coisas que aqui descreves, a que essas pessoas estão expostas!! Só espero que estes conselhos nunca me sejam úteis!! Tenho algumas amigas a tentar...
Mts beijocas

Anna72 disse...

Por acaso já conhecia este texto. É impressionante por ser tão real.

Como sabes, eu ando a tentar realizar este sonho desde finais de 2003, tive uma gravidez mal sucedida e iniciei um ttt recentemente. Ninguém do meu "mundo real" sabe do que se passa porque essa foi a forma que eu encontrei de me defender um pouco dos comentários das outras pessoas. Mesmo assim, há situações chatas e embaraçosas. Também já estive numa festa em que os homens falavam de futebol e as mulheres de papas, fraldas, pediatras e eu a sentir-me uma E.T.

Enfim, não resta outra alternativa senão seguir em frente e ter fé.

Beijinhos.

RB disse...

eu estive um ano para engravidar e percebo a angustia relatada nos textos...
maldita infertilidade...
:(

mimi disse...

Muito obrigada pelo apoio e miminhos que me tens dado. És uma excelente pssoa.

Quanto à carta ela relata bem as situações embaraçosas por que passamos.
Beijoquinhas fofas

A Horta Encantada disse...

Tenho uma amiga minha que tem problemas de infertilidade...e sei muito bem o que ela passa, por se sentir diminuida, por se sentir menos mulher.
um grande beijinho

Mil Coisas disse...

Felizmente não passei por essa angustia, mas tenho uma amiga que sim e a minha atitude é a de estar simplesmente presente...

Beijos,
Rute e André

Flores disse...

Admiro profundamente estas mamãs. Profundamente.

Anónimo disse...

Olá querida
Não consigo ler esta carta sem que me venham lágrimas aos olhos. Este texto diz tudo o que me apetecia ter dito ás pessoas que me rodeavam quando perdi a minha Beatriz... Obrigado por também divulgares esta carta. Quantas mais pessoas a lerem, melhor. Obrigado mais uma vez, amiga, por tudo.
Beijinhos
Ana

Ana Santos disse...

Olá,
Já tenho lido muito sobre o assunto aqui nos blogs e em fóruns e imagino como deve ser dificil não conseguir conceber.
Quando perdi a minha 1ª gravidez já andava desanimada que não iria conseguir ter filhos (houve uma médica quando tive o aborto espontâneo que me disse que eu iria conseguir engravidar mas que perderia os bébés todos) agora imagina o que é acabar de perder o 1º bébé e ouvir essa sentença ainda para mais que já ia a caminho dos quase 40 anos.
Felizmente estou esperando o meu segundo menino apesar de ter perdido 2 bébés. Por isso tudo penso que consiguo imaginar a dor dessas mulheres.
Tenho no trabalho uma colega que sofre de infertilidade, nunca falamos no assunto e até ela encarou bem a minha gravidez, mas sempre pensava para mim deve ser duro para ela ver-me com 40 anos e a caminho do 2º filho e ela mais nova não conseguir.
Beijinhos
ana e tesourinho + anjinho

kikas disse...

É um problema que fere e muito!
Na minha opinião acho que devemos estar presentes nestes casos...por vezes basta mesmo ouvir que já estamos a ajudar...um beijinho a todas as mulheres que lutam para ter o seu filho nos braços

Dani disse...

Bolas! Chego sempre atrasado para estas coisas das inaugurações, e ainda por cima faço-o logo hoje em que há uma história triste...
Beijinhos

Gina A. disse...

A minha admiração por estas mulheres é muito grande! Só queria que não existissem tantas nestas situações...
Beijos

Tita Dom disse...

Quem esta de fora nunca tem a mesma percepção do problema e acredito que deve ser muito doloroso...
Beijos

Charilas disse...

Agradeço a Deus nunca ter passado por isto...Quem deseja realmente um filho e tem amor para dar, não deveria nunca ter de passar por este tormento.

Mas acredito que a hora de cada um(a) chegará!

Beijinhos,

Sandra

Xana disse...

Infelizmente sinto esta carta bem na pele... Mas o meu dia há-de chegar!! TEnho que acreditar que sim!!
Obrigado pela força!!
TRi beijinhos

vania disse...

pensamos sempre que só acontece com os outros e quando se sente na pele a impossibilidade de gerar um filho deve ser muito dificil de aceitar. apenas podemos ajudar dando muita força a quem passa por isto.
beijinhos

sandra disse...

Olá Sandra,
este texto fez me abrir os olhos, porque tenho uma amiga nesta situação, sabes.

Obrigado e um grande beijinho

Sandra

Mamã artesã disse...

Ainda hoje deixei um comentário a dizer o quanto, por vezes, me sinto mal quando visito os cantinhos das meninas que não conseguem alcançar o que, para mim foi tão fácil (até demais). Sinto-me mal no sentido de não as poder ajudar e até me sentir culpada por carregar algo magnífico dentro de mim: um bébé.
Só desejo mesmo que essas meninas cnsigam alcançar o seu sonho o mais breve possível.
Joquinhas
Sofia

Raio de Sol disse...

já tinha lido e acho que está linda... dá uma outra dimensão ao problema... ajuda a perceber as coisas... há muita gente que não entende... beijokas

Nita disse...

Não conhecia...adorei...obrigado
bjinhs

Anónimo disse...

Não conhecia este espaço e nem este texto tão profundo e importante!
Muito obrigada por partilhar uma informação tão preciosa como esta com todos nós!
Um abraço amigo,
Daniela Mann

mixtu disse...

pela 1ª vez neste teu novo espaço,
sobre o post...excelente, sem palavras

jinhos

Nekynho disse...

Com uma carta dessas, ainda se vai à falencia por causa dos selos lol
Baci :o)

Patrícia disse...

Não conhecia a carta!
É um privilégio ser-se mãe, de facto!!

beijoca

Anónimo disse...

Tendo em conta que tenho 33 quase 34 e ainda não tenho filhos... acho que é melhor nem ler este post, vou ficar muito "noiada"...

PaulaB disse...

Olá!
Adorei o teu Blog, obrigado pela tua visita.
Vou voltar...
Sou uma Mamã Babada, mas tenho uns amigos que não o consegue ser imagino a dor dessas pessoas, é que não podemos fazer muito, só mesmo o carinho e o nosso apoio.
Estou sem palavras,... Um Beijinhos para todas.

Paula Costa disse...

Olá Sandra,

Vim fazer uma visita ao teu novo endereço. Continuas a mesma mamã linda, que nos escreve e nos deixa mensagens muito tocantes.
Obrigado pelas tuas palavras...
Beijinhos,
Paula + Martinha

. disse...

É uma luta cuja angústia nem consigo sequer imaginar. No meu caso, o meu Bi veio de surpresa, logo nem sequer sei o que é tentar engravidar. Espero que essas mulheres continuem a tentar e, caso não consigam mesmo, busquem outras soluções que lhes permitam alguma felicidade.

*Tenho mesmo pena que seja tão difícil adoptar. Vivemos num mundinho algo hipócrita...

Raquel Alabaça disse...

Para quem não foi dificil engravidar, não faz uma pequena ideia do que passam tantas mulheres.

Beijinhos

Raquel

Anónimo disse...

Muito bonito.. sinto-me abençoada por nunca ter passado por estas situações e sinto-me muito solidária com que tenha estes problemas.
Parabéns pelo teu novo cantinho e já tinha saudades vossas.
Beijocas