Este blog é dedicado às duas coisas mais preciosas da minha vida: os meus filhos! Para mais tarde recordar!...
terça-feira, maio 30, 2006
HONG KONG DISNEYLAND: THANKS, BUT NO THANKS!
Levantámo-nos às sete da manhã, tal como num dia normal de trabalho, num dia cinzento e a prometer chuva.
Duas horas depois estávamos a sair de casa.
Apanhámos o jetfoil das 9:30 e chegámos a Hong Kong uma hora depois para apanhar táxi até ao metro e mais quase meia hora de metro até mudarmos para o metro “do Mickey” que nos levou até à porta da Disneylândia (a casa do Mickey, como o Daniel lhe chama).
Devemos ter lá chegado perto do meio-dia e estava a chover. Pensei que teria as suas vantagens e haveria menos gente, menos filas, mas estava redondamente enganada!
Comprámos bilhete para o Daniel que a Eliana ainda não paga, valha-nos isso!
As entradas são muito caras, ainda bem que só paguei a do Daniel!
Como estava tudo cheio de fome fomos até ao Corner Café e comemos um set menu e eu aproveitei para dar papa à Eliana dado que ali podia pedir água quente. Chovia torrencialmente, pareciam pedrinhas no tecto de vidro do café...
Comprámos uma capa para a chuva de plástico para o Daniel e quando saímos já quase não chovia e ainda deu para ver um pouco da parada.
Depois fomos dar uma volta e como a Eliana adormeceu e já não estava a chover eu fiquei numa zona de descanso que tem uns bancos de jardim sem encosto (que canseira!) e o papá e o Daniel foram brincar qualquer coisa do Buzz Lightyear do Toy Story (não sei o nome em português).
Algum tempo depois, que em todo o lado as filas de espera são enormes e espera-se no mínimo uma boa meia hora, vi o Daniel a sair ao colo do papá a chorar. O meu coração ficou tão pequenino e mal chegaram ao pé de mim peguei logo nele ao colo (que pesado!). Estava a tremer e o papá explicou-me que aquilo é uma montanha russa, versão soft, mas que o Daniel teve imenso medo e só chorava e depois de o papá lhe dizer para gritar para aliviar a coisa melhorou um pouco. Ainda me chateei com o papá por não ter desistido de ir andar na dita montanha russa, mas o papá só me dizia que havia outros miúdos pequenos e nunca pensou que fosse “assim” (não sei o que é o assim porque eu não fui), de qualquer modo perguntei se aquilo não tinha idade mínima e o papá disse que apenas tinha altura mínima: 1 metro! Pois, os chineses são baixinhos e só aos 6 anos é que devem ter tal altura. Eu estava furiosa com os tipos da Disney!
A partir daqui o Daniel não quis brincar em mais nada (e ainda bem porque qual a fila de espera maior!) e fomos tentar tirar fotos com a Miney, o Mickey e o Pato Donald e para cada um deles foi mais uma fila de espera de pelo menos 30 minutos cada!
Até aqueles carrosséis para crianças estavam atulhados de adultos. Não devia haver também idade máxima para a sua utilização?! Acho que deviam fazer dois tipos de bilhetes, um tudo incluído e outro para quem quisesse apenas visitar o parque e se quisesse andar nalguma das diversões deveria pagar à parte! Talvez assim fosse possível deixar as crianças brincar!
Recomeçou a chover, pouco a pouco a chuva foi engrossando e por volta das 4 e meia da tarde o Daniel disse que queria ir para casa e eu concordei de imediato, pois não é fácil ir para um sítio daqueles a chuviscar, um calor insuportável (sim, porque aqui quando chove continua o calor!), uma humidade terrível, duas crianças pequenas, a falta de civismo das pessoas que me chegaram a empurrar para passar à frente e tirar foto com o Mickey primeiro (que situações ridículas), mais a ignorância dessas pessoas a perguntar se a Eliana é “boy or girl” e ela vestida de branco e cor de rosa dos pés à cabeça, com umas sandálias com florinhas e borboletas! Ainda a parte ridícula de haver parques de estacionamento para carrinhos de bebé (que se podem alugar lá) à entrada de determinados sítios (onde dá perfeitamente para andar com o carrinho de bebé mas não deixam) mas sair desse sítio na outra ponta, bastante longe do “estacionamento” e ter de andar o dobro (e a chover!)!
Estava cansada e literalmente farta, com uma série de críticas que me apetecia fazer aqueles tipos da organização e gestão daquela coisa e que ainda estou a pensar se não vou fazer. Viemos embora e o Daniel já cansado e a pedir colinho ao papá e eu a pensar nas horas de viagem que ainda tínhamos de enfrentar até casa! Fomos lanchar e eu dei o boião de sopa e de fruta à amorinha que fez uma careta horrível e cuspiu a sopa do boião (deduzo que aquilo frio deve ser mesmo mauzinho) e que depois comecei a por uma camada de sopa e por cima a fruta e enquanto o boião da fruta durou ela lá comeu.
Depois de todo o caminho inverso da ida e de termos parado num restaurante para levar a comida que encomendámos ainda no jetfoil para casa (o jeito que dá a Toscana do terminal, não é, pessoal de Macau?) consegui chegar a casa pouco passava das 19.30.
Com a Eliana cansada, rabugenta e com fome, deixei o papá e o boneco a jantarem para ir dar banho, dar de mamar e adormecer a amorinha. Depois foi a vez de tomar banho com o meu boneco e finalmente ir comendo enquanto o papá e ele liam a história antes de ir dormir para de seguida ir deitá-lo.
Fiquei de rastos! Que dia cansativo!
Conclusão: Não gostar de parques temáticos!
Espero não voltar lá nos próximos anos!
E amanhã é feriado: Festa do Barco Dragão (Tung Ng)
E não fiquem com inveja que até Outubro acabaram-se os feriados por aqui
segunda-feira, maio 29, 2006
ANIVERSÁRIO
Deixo-vos umas fotos.
Festinha na escolinha que teve um lindo carro de bombeiros que o Daniel adorou e que veio daqui
Muita brincadeira no jardim do 4º andar (O Daniel recebeu uma mota telecomandada que adorou)
No domingo um lindo carro do Noddy e muita brincadeira com uma outra prenda (uma estação de serviço)
sexta-feira, maio 26, 2006
PARABÉNS, BONECO!
Por volta da 1 da manhã apareceu finalmente o anestesista, grande e gordo, mas com uma cara simpatico e, achava eu, me ia “salvar” de tanta dor.
O papa assinou um papel qualquer sobre os efeitos e consequências e sei lá o quê mais porque ele também estava nervosissimo e nem leu.
Devo dizer que estava cheia de contracções fortissimas, muito pouco espaçadas e estar deitada de lado, enrolada e quieta não foi nada fácil. E quando tinha uma contracção mais forte não conseguia evitar mexer-me, levando imediatamente com um berro do anestesista: “NÃO MEXE!” Até parecia que era eu que me queria mexer… Não senti a agulha nem o líquido, nem nada do que já li noutros relatos. Acho que já me doía tudo e mais alguma coisa e espetar a agulha foi “piece of cake”
Depois a anestesia o meu medico chegou ao pé de mim e disse-me para me acalmar que daí a pouco já não me doía nada e sentou-se num banco quase aos meus pés a ler uma revista (nunca mais me esqueci desta imagem de descontracção dele!)
Passado cerca de meia hora e eu ainda a gemer o meu medico foi um pouco estúpido e perguntou-me: “Mas porque raio está a gemer se já não lhe dói nada?”
Devo dizer que aqui acho que já estava capaz de andar à pancada com qualquer pessoa e respondi-lhe: “Pois, a si não dói nada, não é você que vai ter um filho, mas olhe que esta porcaria de epidural deve estar estragada que ainda nem senti ponta de alívio!”
Lembro-me que tinha um calor descomunal e das enfermeiras andarem de casaco de lã!!!
O meu médico decidiu voltar a chamar o anestesista que disse não perceber porque não me sentia aliviada pois a anestesia “estava presente”. Esta palavra irritou-me ainda mais e sei que lhe respondi “olhe, pois as dores também estão presentes!”
Novo reforço de epidural cerca de uma hora depois do primeiro e o meu medico disse que tinha de sair e para o chamarem quando o bebé decidisse nascer o que, pelo ritmo da “coisa” (5 cm de dilatação) não devia acontecer até de manhã!!! Fiquei louca ao ouvir estas palavras, tanto tempo ainda?!!!
Lembro-me de olhar para o relógio às 2.10 da manhã e pensar quanto tempo ainda faltaria pois já estava tão, tão cansada. A bolsa de água ainda não tinha rebentado e tinha demorado tanto tempo para fazer metade da dilatação. Na sala ao lado uma rapariga chinesa gritava para lhe fazerem uma cesariana porque doía muito (pelo que me apercebi estava lá há cerca de duas horas e tive pena dela). A mim nunca me ocorreu a hipótese de fazer cesariana apesar das dores.
Por volta das 2.30 da manhã as dores eram ainda mais insuportáveis e eu estava furiosa porque me tinham andado a iludir que a famosa epidural tirava as dores e a mim nada!!!!
Chamei a enfermeira que apesar de querida não me ligou puto pois achou que eu estava a fazer fita e só olhou para mim quando lhe disse que tinha uma vontade doida de fazer força! Veio observar-me e começou a falar em chinês com as outras enfermeiras e gerou-se uma grande azáfama à minha volta: a dilatação estava completa (eu pensei: finalmente!)
Nesta última parte foi tudo tão rápido que nem tiveram tempo (ou não se lembraram de chamar o médico uma vez que não é necessária a presença do mesmo, a não ser que algo corra mal). Lembro-me de eu estar a fazer força e das enfermeiras estarem muito preocupadas porque a minha barriga estava demasiado subida (nunca desceu) quando o médico entrou disparado a dizer para as enfermeiras: “Então, não me chamaram?!!!”
Eu continuava a tentar fazer força quando me mandavam (e quando não me mandavam e me apetecia/sentia que precisava também para grande aflição das enfermeiras porque o bebé não descia). O médico fez uma força enorme a empurrar o bebé para baixo, a bolsa de água rebentou, ouvi o médico dizer “A cabeça é muito grande, cortem” e senti-o deslizar por mim.
Às 2.51 da manhã nascia o meu boneco. Colocaram-no em cima da minha barriga enquanto cortavam o cordão umbilical e me retiravam a placenta para me mostrarem (nunca vou perceber para que me mostram a placenta, não sou médica, não sei nada de medicina, aquilo é feio, eu só queria ver o meu filho!). Lembro-me dos seus olhinhos curiosos (como na foto da barrinha) a olharem-me muito fixamente como que a pensar: “Então tu é que és a minha mamã!”, de lhe dar um beijinho na testa e dizer: “Olá, boneco!”
Depois levaram-no e ficaram a cozer-me ou a torturar-me pois foi a sangue frio e como eu comecei a reclamar muito que me doía puseram um spray, teoricamente para anestesiar mas não teve o efeito desejado e lembro-me de pedir ao papá (flamos em português!) para perguntar à enfermeira (estas falam chinês e um pouquinho de português que nem se pode chamar português...)se ainda faltava muito (aqui estava mesmo desesperada!). A enfermeira sorria e dizia que estava quase (demorou uma eternidade aqueles 20 minutos) e também disse que ia ficar muito bem feito e que me ia esquecer daquilo num instante! Eu só pensava que não era com ela.
Quando acabou voltaram a trazer-me o meu boneco que eu cumprimentei com um “Olá, Daniel!” (e no dia seguinte toda a gente sabia que ele se chamava Daniel), ficou comigo um pouco e depois fui para o recobro durante duas horas, às 5 da manhã desci para o segundo andar com o bebé que foi para o berçário, eu fui para um quarto de duas camas mas onde só estava eu teoricamente para descansar mas às 7 estavam a verificar a tensão e a temperatura, às 8 a chamar para ir tomar o pequeno-almoço e eu só perguntava pelo bebé, mas ninguém mo trazia porque no dia em que nasce naquele tempo não o traziam para a mãe que era para a mãe descansar e, quando o papá chegou, por volta das 10 h pedi-lhe logo para o ir buscar ao berçário e o papá foi brindado com o primeiro chichi e o primeiro cocó do bebé. Tinha-me esquecido de levar fraldas e levei logo um raspanete se não sabia que os bebés precisam de fraldas e só me apetecia chorar. Depois o bebé não queria mamar e a enfermeira deu-lhe suplemento e disse-me que provavelmente nem ia ter leite para o bebé, nem me ligou quando lhe pedi para me ensinar a dar-lhe de mamar e eu senti-me a pior das mães, sempre tinha achado que ia ser fácil amamentar o meu pequenino. Depois tudo se resolveu e ele mamou até aos 16 meses!
E já passaram 4 anos!
Parabéns, meu boneco!
A mamã e o papá amam-te muito!
Que sejas sempre feliz!
quinta-feira, maio 25, 2006
Há 4 anos... (continuação ou post muuuuiiiitoooo looongooo!)
Incomodada, sozinha, cheia de frio e com o barulho do CTG
De manhã apareceu a médica que me tinha internado para ver a evolução e não havia evolução nenhuma, mantinha 1 cm de dilatação e as contracções eram muito esporádicas e não dolorosas. A manter-se este cenário deveriam mandar-me para casa à tarde.
Telefonei logo ao papá a avisar que à tarde deveria ir para casa. Mais tarde levou-me o pequeno-almoço e andámos a passear pelos corredores do hospital a ver as pessoas que apareciam nas urgências.
Mudaram-me para uma ala do hospital onde estão as grávidas a tentar manter os seus filhotes que querem nascer antes do tempo. Sentia-me mal com a minha grande barriga naquele quarto com mais duas raparigas cuja pequena barriga já lhes estava a dar tanto trabalho para manter (penso que não teriam mais de 20-25 semanas).
Ainda nessa manhã começou a sair o rolhão mucoso e eu comecei logo a pensar que já não ia para casa. O papá trouxe-me o almoço e consegui mudar para um quarto individual depois de muito explicar às enfermeiras que as outras raparigas deviam sentir-se nervosas com a minha presença (boa desculpa?)
Quando o médico apareceu para me observar fiquei feliz por ver o meu médico que estava de serviço naquele sábado e até ao dia seguinte. Fiquei muito mais tranquila. Sim, é um outro descanso não ter de responder a inúmeras perguntas porque aquele médico já sabia a minha/nossa história!
Fez-me um grande sorriso: “Então, por cá?!...”
Ao que eu lhe respondi: “Bem, eu queria ir ver o jogo... será que dá?”
Observação, continuava 1 cm de dilatação, mais uma vez ligada ao CTG e o registo de contracções irregulares que entretanto tinham voltado aliado à perda do rolhão, o colo do útero amolecido e um “não me parece que vá sair daqui para lado nenhum”
O meu irmão T. nasceu a 25 de Maio (completa hoje 19 aninhos! Parabéns!), assim como a minha afilhada C. (Parabéns!) e eu não queria que o Daniel nascesse neste dia e fiquei um pouco triste, queria que ele tivesse o seu dia, não gostava que tivesse de ter de partilhar o dia de anos com outras pessoas da família. Cada maluco com a sua mania...
Tomei banho e lavei cabelo e escandalizei toda a gente porque as chinesas não fazem nada dessas coisas que pode prejudicar o bebé!!! Demorei imenso tempo a tomar banho e a lavar o cabelo, apesar da ajuda do papá. O médico tinha-me recomendado que andasse muito pelo que andei pelo corredor do hospital para trás e para a frente com o papá, parando a cada contracção mais forte, mas nada de insuportável.
A minha amiga G. chegava de Portugal nesse dia, tínhamos trabalhado juntas quando eu cheguei a Macau e ela queria ver-me grávida. Chegou ao hospital com a madrinha do Daniel por volta das 15 horas com um grande sorriso de felicidade, cheia de energia, quando as dores já me começavam a ameaçar mais seriamente. Continuava calma e bem disposta mas um pouco cansada física e mentalmente (há duas noites que não dormia pois na noite antes de ir para o hospital já não dormi nada com umas “moínhas”).
Por volta das 16 horas estava literalmente a ficar aflita com dores e o papá chamou a enfermeira que me ligou ao CTG e verificou que as contracções eram regulares e algumas bastante fortes (eu não precisava do CTG para saber isto!) e chamou o (meu) médico.
Depois de me voltar a observar verificou que estava com 2 dedos (ou 2 cm) de dilatação e parecia que as coisas estavam a começar a desenvolver-se. Perguntou-me se queria continuar no quarto ou ir para a sala de partos mas que a opção era minha e que o podia chamar a qualquer momento se decidisse ir mais tarde para a sala de partos.
Fiquei no quarto com o papá. As minhas amigas foram para o estádio ver o jogo que começava às 16 h. Fiquei a ver o jogo na televisão com o papá, cada vez com mais dores.
A primeira parte do jogo vi muito mal, sempre com muitas contracções. No intervalo o médico voltou lá e perguntou: “Então, vamos?” Mas eu queria ver o jogo (bem, ver, ver acho que não vi nada, mas enfim....) e disse-lhe para ir ver a segunda parte do jogo e voltar depois (e que contente ele ficou). Na segunda parte já não me aguentava com dores e acho que nem abri os olhos, sempre a gemer baixinho.
Já não conseguia andar quando o jogo acabou e levaram-me de cadeira de rodas para a sala de partos. Deveriam ser perto das 22 horas. Puseram-me a soro, muito mal posto e doía-me que nem vos conto, fiquei com a mão negra ao fim de duas horas.
Fiquei lá a ser monitorizada pelo CTG, com o papá sempre a fazer-me festinhas na cabeça. Deram-me uma injecção que disseram que era para acalmar as dores porque as contracções eram muito fortes e a dilatação continuava em dois dedos. Não me fez qualquer efeito e entretanto descontrolei-me com a respiração, que fazia por intuição pois não frequentei qualquer curso de preparação para o parto (nem sei se há aqui em Macau).
Puseram-me uma máscara de oxigénio que me irritava de tal modo que tinha de a retirar de vez em quando para respirar. Por volta das onze eu achava que as dores estavam insuportáveis e chamei pelo médico que me observou e disse que tinha 3 dedos de dilatação e que talvez não fosse má ideia quando chegasse aos 4 dedos levar a epidural. Concordei imediatamente com ele (nunca tomei uma decisão tão rápida na minha vida!) pois estava cheia de dores, cansada, irritada e a achar que estava a demorar muito tempo.
O médico foi à procura do anestesista e uma enfermeira que de vez em quando me fazia festinhas na cabeça e me tentava acalmar. A história da máscara de oxigénio e de o bebé poder estar em sofrimento começou a preocupar-me e junto com as dores eu já só gritava com eles para se despacharem, como se dependesse deles. A simpática da enfermeira teve a triste ideia de me fazer uma festinha na mão que tinha o soro e eu gritei logo com ela para não me mexer que já não sabia onde me doía mais. Ela viu a mão a ficar negra e mudou-me o soro para o braço.
De vez em quando lembrava-me que as horas estavam a passar e gritava ao papá: “Que horas são? Já passa da meia-noite?” Estava cheia de dores e queria que “a coisa” se despachasse, mas queria que ele nascesse depois da meia-noite! De tanto perguntar: “Que horas são? Já passa da meia-noite?” as enfermeiras e o médico começaram a achar curioso e perguntaram ao papá o que eu estava a perguntar e porque perguntava tantas vezes o mesmo. Ainda acharam piada eu não querer que o Daniel nascesse no mesmo dia do meu irmão T. E da minha prima e afilhada C.
Lembra-me de por volta das 23:40 o papá me responder: “Já falta pouco” e eu me sentir muito melhor, apesar das dores que não abrandaram. E à meis-noite o papá disse-me: “Pronto, já não nasce no dia 25.” Respirei de alívio e sorri, um sorriso destorcido pelas dores e muito amarelo e disse: “Então, agora despacha-te!”
E amanhã há mais...
quarta-feira, maio 24, 2006
FAZ HOJE 4 ANOS...
Era sexta-feira, último dia da semana.
Fui ao hospital pedir um atestado
Estava tão inchada e tão cansada que não conseguia trabalhar nem estar muito tempo sentada.
E dessa vez o papá foi comigo, das outras tinha ido sozinha.
Entrei para lá, fui observada por um médico estúpido que me fez um toque de trepar às paredes e me disse que estava tudo tão verde que não sabia o que eu lá tinha ido fazer. Senti-me tão mal.
A enfermeira até me disse para não estar assim irritada e levou-me a fazer o CTG.
Não tinha dores, algumas contracções não dolorosas e 1 cm de dilatação já há muito tempo.
Um outro médico que me fez a ecografia às 20 semanas a confirmar que o bebé estava bem e que tudo iria correr bem apareceu. Viu o registo do CTG e sorriu. Perguntou-me: "Gosta de futebol?" (a Selecção Nacional estava em Macau e jogava no dia seguinte com a Selecção da China)
Respondi-lhe: "Gosto muito, mas com esta barriga nem comprei bilhetes nem aceitei os que me ofereceram, é confusão a mais, vejo na televisão..."
"Pois, parece-me que não vai ver o jogo. Vai ficar internada."
A equipa das urgências tinha mudado e fui para o consultório onde uma médica me deu ordem de internamento e uma enfermeira me preparou e me mandou mudar de roupa e vestir o pijama do hospital.
Quando saí do consultório onde tinha entrado há mais de meia-hora o papá olhou-me e ficou com cara de preocupado enquanto lhe dava a minha roupa e lhe dizia que ia ficar internada. Só me dizia: "Já?"
Acho que não estava verdadeiramente preparado para esse momento.
Fiquei todo o dia e toda a noite na sala de partos e o papá foi entrando e saindo pois esteva a trabalhar.
Já passaram 4 anos...
Amanhã continua
terça-feira, maio 23, 2006
VACINAS!
Desde ontem à noite que a amorinha não tem febre. Yes!
Desde há muuuiiitooo tempo que tenho a consulta de um ano no Centro de Saúde marcada para hoje para levar as vacinas, pelo que de manhã lá fui com ela. Como cheguei atrasada tive de remarcar a consulta e passou das 8:30 para as 11:30 (eu cheguei às 9:30 porque geralmente é a essa hora que sou consultada mesmo quando lé chego às 8:00! Enfim!...)
Avisei o médico que ela tinha estado com febre desde domingo à tarde e que o último Benurn foi ontem à noite, 23 horas mas ele disse que como já tinha passado mais de 12 horas "No problem" e lá fomos levar as vacinas.
Levou também a vacina da varicela por sugestão do pediatra e insistência do papá que eu estava um pouco de pé atrás, mas...já está!
Fartou-se de chorar por ter de se descalçar para se pesar (a balança marcava 11 kg, mas a enfermeira registou 10,600 kg - não sei se a fralda seca e um vestidinho de Verão pesam 400 gramas mas adiante...) Já o comprimento acho que mediu a mais (76.5 cm!!! Não me parece, talvez uns 75 cm).
Não chorou a levar a primeira vacina, mas quando a enfermeira espetou a segunda vacina fez beicinho e começou a choramingar, o que passou mal outra enfermeira lhe deu um rebuçado para as mãos (era grande e o mano é que vai ficar a ganhar).
E agora estou-me a mentalizar que se tiver febre outra vez é da vacina!
O que vale é que só há vacinas novamente aos 18 meses (aqui que em Portugal temos de levar as das meningites).
E amanhã volto ao trabalho...
segunda-feira, maio 22, 2006
EM CASA!
De resto, com tanta chuva nem saímos de casa e o domingo foi de mimos e brincadeira e a amorinha acabou por ter febre durante toda a tarde e toda a noite (Benuron de 6 em 6 horas e sempre com 38-39), penso que serão os dentes mas levei-a ao hospital e disseram que deve ser um virus e que passaria em dois dias.
Pedi atestado a pensar que me iriam dar o dia de hoje apenas, mas tive direito a dois dias pelo que estou em casa a mimar a amorinha e andarei "desaparecida".
sexta-feira, maio 19, 2006
ROTINA
Na segunda-feira passada (que notícias antigas!) tive de levar o Daniel ao pediatra porque no domingo tinha os gânglios linfáticos da garganta tão inchados que parecia que tinha metade de um ovo de galinha de cada lado do pescoço. Até pensei que fosse papeira mas ao telefone com o médico ele disse-me que ele estava vacinado e que dificilmente seria papeira. Após observação verificou-se que é o corpo dele a lutar para se livrar de qualquer coisa e era bom sinal na segunda-feira estar mais pequeno. Entretanto já passou, mas no domingo fiquei aflita!
Aproveitei a ida do Daniel de urgência ao pediatra para levar a Eliana à consulta de rotina de um ano.
Ela detesta o doutor e geralmente olha para ele e começa a chorar.
Desta vez como o mano foi observado primeiro ela foi observando tudo muito atenta, mas não consegui que se sentasse na marquesa para ser observada, foi mesmo de pé. O que vale é que o pediatra tem muito jeito e ela meio desconfiada lá o foi deixando mexer, mas sempre agarrada a mim "com unhas e dentes" e de vez em quando até tentava trepar por mim acima.
Resumindo está mais que bem.
Peso: 10,980 kg (P.90)
Altura: 74 cm (P.50)
P.C.: 48 cm
É uma "gôda" baixinha ;(
Continuar a fazer como até aqui e para a semana temos vacinas no Centro de Saúde.
Dois a serem consultados ao mesmo tempo resultou em que me tenha esquecido de perguntar sobre a transição para o leite de vaca, mas acho que vou fazer como fiz como mano, passar a substituir algumas mamadas por leite de transição da Mimosa (passe a publicidade mas é o único que chega cá mais ou menos frequentemente, o da Nestlé costuma estar meses sem aparecer e é melhor nem experimentar não vá ela gostar). Se alguém tiver alguma sugestão é bem vinda.
E, porque hoje é sexta-feira e amanhã é a festinha de anos da Eliana para a família e eu estou muito ocupada, desejo-vos um óptimo fim de semana!
quinta-feira, maio 18, 2006
SURPRESA!
O dia foi muito bem passado para a amorinha que, graças ao sinal 3 de tufão teve a companhia do mano porque não houve escolinha para os pequeninos, mas a mamã e o papá tiveram de trabalhar, mas à noite foi só mimo. O tufão já lá vai e obrigada por tantas palavras simpáticas que nos deixaram.
quarta-feira, maio 17, 2006
1 ANO DE AMORINHA!
Amorinha,
A mamã preparou um slide show tão bonito para ti, mas não funciona ;(
A tua evolução ao longo destes 12 meses, o teu primeiro aninho.
E tanto que aprendeste e cresceste!
Já sinto saudades da minha bebé pequenina, chinesinha a olhar para mim com um ar muito vivo, acabadinha de nascer (foto da barrinha)
Entretanto cresceste e eu tenho a sensação que nem dei conta.
A tua primeira papa, a tua primeira sopa, a primeira fruta…
Todos dados pela mamã
Recordo o teu primeiro sorriso
Os sons que fazes a mamar
O teu doce respirar enquanto dormes, os suspiros (tão doces!)
O teu choro desesperado quando te dava banho
O que tu detestavas o banho e o que adoras agora
A tua cabecinha de tartaruga sempre levantada
A tua felicidade em andares ao colo mas de pé para veres o mundo
As cólicas (poucas) que não deixam saudades
O teu “Olá” ou outro som semelhante aos dois meses
A tua felicidade quando aprendeste a rebolar e a tirar o braço que ficava por baixo de ti.
A alegria nos teus olhinhos a ver o mundo desta nova perspectiva
E depois sentada e de pé
Os teus primeiros passinhos
O trepar e pular em cima do sofá (e o medo que tenho de caires)
As cabeçadas e os entalões que me doem mais a mim que a ti
Que me fazem sentir "má mãe" porque não consegui evitar.
A tua “conversa” da qual metade não se percebe (e falas pelos cotovelos)
A alegria que senti quando chamaste “mamã” pela primeira vez e me olhaste nos olhos
A piada que te acho quando me voltas o rosto com a tua mãozinha para que olhe algo que tu descobriste e me queres mostrar
O misto de orgulho e alegria com que me olhas quando eu te digo que és linda
E é essa alegria que quero ver brilhar para sempre nos teus olhinhos lindos
Nesses olhinhos onde me vejo reflectida
Onde sinto o teu amor.
Parabéns, minha amorinha!
terça-feira, maio 16, 2006
HÁ UM ANO...
Às vezes dou comigo a pensar como será a Eliana em termos físicos. Claro que eu quero é que ela seja uma menina muito saudável e muito calma, que não dê muito trabalho, ao contrário do irmão.
Contudo acho que é impossível às futuras mamãs não pensarem como serão os seus bebés depois de estarem cá fora. Será que são parecidos com o papá ou com a mamã? Ou com algum outro elemento da família?
O Daniel saiu uma mistura muito engraçada e eu acho que ele é um menino muito exótico devido às suas origens chinesas da parte do pai. Mas ele tem um cabelo abundante e fininho castanho claro que de chinês não tem nada e tem olhos grandes e escuros (aí já tem algo de chinês pois são castanhos muito, muito escuros, quase pretos). Acho que ficou bem “misturado”. :)
Não sei porquê mas desta vez tenho a sensação que a Eliana será mais chinesa. Acho que as meninas de “mistura” de português com chinês são mais chinesas do que os rapazes. Não que isso me incomode mas em termos dos cabelos preferia que ela tivesse o cabelo como o irmão. Os bebés chineses costumam ficar com o cabelo todo espetado quando são pequenos e eu detesto ver os bebés com o cabelo assim.
Também já deve faltar pouco para ver como será a minha Eliana e descobrir se é parecida com a mamã ou com o papá ou se é como o irmão que eu acho que não é parecido com nenhum de nós dois mas tem traços dos dois. :)
Pois é, eu tinha razão. A minha amorinha é mais chinesa, mas tem o cabelo igual ao do irmão! E é linda! E amanhã JÁ faz um aninho!
P.S.: Está Tufão 1 e ao final do dia prevê-se que seja hasteado o sinal 3. Na madrugada de amanhã será o ponto mais próximo de Macau e, se for hasteado o sinal 8 (que eu não acredito) ficarei em casa com a amorinha e o Daniel pois não se pode andar na rua.
P.S. 2: O cabo submarino da Internet só será reparado na próxima semana devido à complexidade dos trabalhos
segunda-feira, maio 15, 2006
IMAGENS DE UM BELO FIM DE SEMANA!
sexta-feira, maio 12, 2006
DIA DA MÃE II
Este domingo é dia da mãe aqui em Macau e ontem o meu boneco saiu da escolinha com um desenho na mão e deu-mo juntamente com um beijinho e um abraço, porque aquele desenho é "para o teu dia", que ele não sabe muito bem qual é, mas isso também não interessa nada.
Ah, e tinha o recado de pedir ao papá para colar o desenho no meu quarto para que o possa ver sempre.
Aqui fica o desenho que já estava feito, ele colou as flores, escreveu o nome e o "I Love You" (ele adora a cor roxo, vá-se lá saber porquê...)
Bom fim de semana!
Digam lá que não é lindo??!!!
PS: O cabo marítimo de ligação da internet está avariado, principalmente o cabo para a Europa pelo que a internet (quando funciona) é muito lenta. Os blogs do sapo nem sequer consigo abrir por isso às meninas do sapo que perguntaram está tudo bem, mas não consigo aceder às vossas páginas. Ao blogger às vezes consigo aceder e comentar, outras só consigo ler porque a ligaçao é demasiado lenta e não consegue abrir a caixa de comentários.
IMAGENS
quarta-feira, maio 10, 2006
BRILHA PARA SEMPRE, ESTRELINHA LINDA!
Uma família normal, tão normal como a minha
Uma família que nada tem de especial
Mas que para mim se tornou especial
Uma família que tal como a minha
É composta pelo papá, pela mamã
Um filho primogénito com 4 anos
E uma bebé nascida em Maio de 2005
Uma família que é tão semelhante à minha
Que me habituei a seguir as suas aventuras e desventuras
E revia-me em muitas dessas aventuras
Em muitos dos sentimentos que essa Mamã descrevia
No seu último post falava sobre a morte
O que ela pensava e como a tinha tentado explicar ao filho
Na sequência da morte do avô de um coleguinha da escola
Depois ficou o silêncio
Até que um comentário nos fez pensar
E soubemos
Soubemos aquilo que ninguém quer ouvir
Mesmo que não conheça a pessoa
Mesmo que nem nunca tenha ouvido falar dela
Porque somos mães
E amamos os nossos filhos
Porque não há dor maior que perder um filho
E porque não tenho palavras
Apenas lágrimas e um nó na garganta
Porque ontem olhava a minha filha e via a filha desta mamã
Tão próximas em idade, tão lindas
Porque hoje faz uma semana que este anjo de olhos azuis partiu
Que a tua luz ilumine o caminho dos teus pais e do teu mano que te adoram...
terça-feira, maio 09, 2006
DESAFIO II
A mamã da linda Estrelinha Inês está de volta e resolveu passar-me um desafio para comemorar o seu regresso.
O que a mamã fazia há 10 anos atrás:
- estava em Macau há um ano e ainda era tudo uma novidade.
O que andava a fazer o ano passado:
- estava no fim do tempo da segunda gravidez e ansiosa que a pequena não nascia
5 heranças da mamã:
Daniel
- o (mau) feitio
- o formato do rosto e o cabelo
- o gosto pelos livros e números (espero que se mantenha)
- a teimosia (tem o seu lado bom)
- as unhas das mãos (que não prestam e estão sempre a partir)
Eliana
- o (mau) feitio
- o cabelo
- gostar de cantar e dançar (apesar de eu não ter jeito nenhum)
- aventureira
- os pêlos (infelizmente, vai passar a vida na depilação...)
5 heranças do papá:
Daniel
- o gosto pelos computadores
- os dedos dos pés
- o sexo (eh eh eh)
- a “fixação” com que vê televisão (nem me ouve!)
- o gosto de montar coisas, tipo as surpresas dos ovos kinder (que não come!, ninguém gosta cá em casa.)
Eliana
- as unhas das mãos (fortes e bonitas)
- o formato do rosto
- a covinha de um dos lados do rosto quando se ri
- O “ar de chinesa” (ela é mais oriental que o irmão)
- personalidade é mais mamã...
5 snacks:
Daniel
- Bolachas EDO DHA Cracker
- línguas de gato
- Pão em palitos
- Pão com manteiga nos restaurantes (em casa não come!)
- Gomas e gelatinas
Eliana
- bolachas EDO Milk (tipo bolacha Maria)
- pão
- Arroz (baguinhos que tiramos do nosso prato e lhe damos enquanto estamos a comer)
- o que o irmão estiver a comer e ela conseguir “sacar”
- Migalhas que encontra no chão!!! (Com o mano a comer é impossível o chão não ter migalhas por mais limpo que esteja)
5 brinquedos favoritos:
Daniel
- carrinhos
- puzzles
- DVDs do Noddy
- Jogos educativos de computador
- A bicicleta e a trotineta
Eliana
- os carrinhos do mano
- as garrafas de plástico
- colheres de metal (não acha muita piada quando bate com elas na cabeça)
- as mãos (dela e nossas)
- caixas (tem uma atracção doida por caixas...)
5 coisas que não gosta:
Daniel
- de comer (é muito preguiçoso)
- de ser contrariado- de arrumar os brinquedos
- de lavar os dentes e a cabeça
- de janelas abertas, mal faz um ventinho diz que tem frio
Eliana
- de chucha
- de não a deixar ir onde quer ou mexer no que quer
- de dormir
- da cadeira de comer
- de babetes
5 coisas que não percebe ou não quer perceber:
Daniel
- que tem de comer
- que quando eu decido está decidido e não vale a pena teimar e fazer fita
- que tem de fazer os trabalhos de casa que é para a professora e não para mim
- que tem de arrumar os brinquedos
- que a mana é demasiado pequena e ainda não percebe nem sabe brincar com ele
- que não pode ter todos os brinquedos que vê
- que tem de me responder quando falo com ele
Eliana
- que tem de comer (por ela era só maminha e de noite...)
- que não pode por os carrinhos do mano na boca
- que não pode comer tudo o que apanha do chão
- que não pode saltar do sofá para o chão
- que o banho tem fim... (para quem não gostava)
5 meninos(as) a desafiar:
Acho que já toda a gente fez isto:
Maria Simplesmente
Ana do Blog da Beatriz
Sara A dos Meus pequeninos
Amélia da Boca Doce para ela poder desafiar meio mundo...
Susana mamã do Davidito
segunda-feira, maio 08, 2006
PROLONGADO? NÃO, OBRIGADO!
Fim de semana prolongado
Nada teve de descansado
Quinta ao fim do dia
Já descobria
Que a causa da irritação
Era uma constipação!
Nariz a pingar
E amorinha a espirrar!
Sexta a preguiçar
E apenas a descansar
Os dois mimar
E com eles brincar!
A madrugada a seguir
Foi mais uma sem dormir
O Daniel a vomitar
Com febre e só a chorar
Sábado doutor
Que é um amor
Para um virus encontrar
E talvez amigdalite a começar
Domingo, dia da mãe em Portugal
Tantos planos e, afinal
Ficámos em casa a recuperar
E a amorinha o sofá aprendeu a trepar!
Segunda-feira, a semana a começar
O Daniel a melhorar
A febre não deu sinal
E foi para a escola, menos mal.
Não sou poeta nem quero ser
Mas saiu em verso sem querer
E depois mais um jeito
E até ficou quase perfeito.
quinta-feira, maio 04, 2006
DIA DO BUDA
A amorinha acordou para mamar mais cedo, pensava eu.
Não quis mamar e voltei a deitá-la.
Ficou a choramingar e eu achei que não era normal.
Um pouco mais acordada verifiquei que cheirava mal
Uma fralda cheia aquela hora não é normal...
Mudei-a e voltei a por na cama mas ela choramingava
Não estava bem.
O colo também não a acalmou
E só voltou a adormecer depois de mamar
Perto das sete da manhã
E eu levantei-me feito robot
Com os movimentos já decorados
Mas com muita falta de paciência
Que dormir pouco tira-me do sério.
E quem acaba por pagar é quem não tem culpa
E passo o tempo a resmungar com o papá
E com o filhote que não se despacham
O filhote foi para a escolinha
Feliz, como sempre
O papá está cheio de sono pois também deu colo à amorinha
E está a trabalhar
E eu aqui...
A fazer o mínimo e a tentar não adormecer
Vale-nos o feriado que se aproxima
Amanhã é dia do Buda e é feriado
Pois, não temos 25 de Abril mas temos feriados chineses.
E eu vou aproveitar muito
Só espero que a chuva desapareça entretanto
Ou faça como no passado fim de semana em que se ficou pela ameaça!
E, domingo é dia da mãe em Portugal (aqui é uma semana depois)
E eu vou celebrar com os meus filhotes
É só vantagens de não ser no mesmo dia que em Macau!
Bom dia da mãe para todas as mamãs que nos visitam!
Bom fim de semana!
Sobre o dia do buda, recordo que em 2004 foi a 26 de Maio, aniversário do meu boneco e o ano passado foi a 15 de Maio, data prevista para o nascimento da amorinha.
O dia do buda celebra-se no oitavo dia da quarta lua. É o dia de aniversário do buda e um dia em que as imagens de Buda são limpas e purificadas um pouco por todo o território, segundo um ritual antigo e tradicional.
Neste dia celebra-se também o Dragão Embriagado, um festival organizado por associações ligadas à pesca e pouco conhecida fora de Macau. Não é feriado, mas durante três dias não é possível encontrar peixe no mercado, porque as bancas estão encerradas. A origem das festividades não é conhecida, até porque é muito diferente das habituais festividades chinesas. Trata-se no entanto de algo que terá a ver com rituais de exorcismo. É uma festividade originária da Dinastia Qing, e só comemorada em poucas localidades entre as quais se conta destacadamente Macau.
Logo pela manhã e depois de orações, no templo Kuan Tai, adjacente ao mercado de São Domingos (perto do Largo do Senado), distribui-se comida pelos presentes e, um grupo de jovens membros das associações de pescadores já suficientemente embriagado vai percorrendo os mercados e vielas junto ao mar iniciando uma dança realizada com a cabeça de um dragão feita de madeira, patas e cauda.
Dirigem-se em grande movimento e alarido para a zona do Porto Interior, visitando os seus moradores e as lojas que se situam à borda de água. Em cada uma das paragens ingerem vinho até não poderem avançar mais e serem substituídos por colegas seus que continuam com este curioso desfile, e a festa termina num grande banquete.
E este é um dia rico em celebrações, dado que se celebra também a festividade de Tam Kong. Trata-se de uma festividade colorida que assinala o nascimento do deus Tam Kong. Este deus-criança tem supostamente poderes para controlar o tempo climatérico e ajudar os doentes. Entre a comunidade de pescadores é a divindade a que são mais devotos, logo após A-Ma. São organizados espectáculos de ópera chinesa, uma procissão pelas ruas da cidade e trepidantes danças dos leões enquanto são feitas oferendas especiais e se queimam panchões junto ao templo dedicado a Tam Kong na vila de Coloane.
quarta-feira, maio 03, 2006
Desafio
Pois bem aqui vai (e isto demorou um bocadinho mais que afinal é a dobrar)
Manias do Daniel
1. Fechar gavetas e portas (Humm, reconheço-me aqui)
2. Andar descalço sempre, passo a vida a dizer-lhe para se calçar no Inverno que no Verão já nem ligo (E aqui...)
3. Dormir com uma fraldinha de pano na mão (agora, que antes era para chuchar)
4. Ler sempre um livro antes de dormir (Tal como a mamã, mas agora é mais uma página...)
5. Beber sempre o seu leitinho antes de dormir e esperar que a mamã adormeça a mana para o pôr na cama.
Manias da Eliana
1. Adormecer ao colo no início da noite (durante a noite vai para a a cama acordada depois de mamar) e nem sei quem gosta mais do mimo: ela ou a mamã. E, como já se notou acorda muitas vezes de noite, pelo menos 3 ou 4 vezes!!!
2. Qualquer som serve para pular, saltar e dançar!
3. Canta para adormecer, uma ladaínha tipo “ah ah ah ah” e o som vai aumentando quando tem mais sono e dá imenso jeito para “tapar” o (pouco) barulho que o mano faz. Também puxa o cabelo quando tem sono.
4. Dormir com a fraldinha de pano encostada à cara
5. Antes de mamar brinca, conversa, faz sorrisos marotos, enfia-me os dedos na boca e ri-se à gargalhada, só depois é que mama.
Passar a cinco bloguistas:
- Bandonga
- Família Incrivel
- Marianita
- Margarida
- Nicole
REGULAMENTO: Cada bloguista participante tem de enumerar cinco manias de seu(s) filho(s), hábitos muito pessoais que o diferencie do comum dos mortais. E, além de dar o conhecimento dessas particularidades, tem de escolher outros cinco bloguistas para entrarem igualmente no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos Blogs o aviso do recrutamento. Ademais, cada participante deve reproduzir este regulamento no seu blog.
terça-feira, maio 02, 2006
FDS
1. A amorinha entalou os dedos na porta da cozinha. O meu coração gelou quando a vi a chorar sem som, toda vermelha. Depois começou a chorar muito, muito e o mano foi a correr buscar o creme Halibut (que ele acha que trata todos os males) e dar beijinhos nos dedos da mana.
2. Preparados para ir ao jardim e ao restaurante. O Daniel limpou o nariz na mão. O papá ralhou e disse-lhe para ir buscar um lenço de papel. Ele foi mas ao passar junto ao papá bateu-lhe. O resultado foi que ninguém foi ao jardim nem ao restaurante.
FACTOS DA VIDA
Daniel a falar com a mamã: "(…) cortaram a tua barriga para tirar a mana"
Mamã: "Não, a mana saiu pelo pipi. E tu também."
Daniel com um sorriso marota: "Iiiiihhh! O pipi cheira mal!"
(Ora, se as meninas não têm pilinha, só sobra um buraco, certo?!!!)
SAUDADES DISTO: